quinta-feira, 29 de julho de 2010

Crítica: Shrek Para Sempre (Shrek Forever After, 2010)

A adorável franquia "Shrek", supostamente, chega ao fim. Desde 2001 acompanhamos as aventuras desse ogro que conquistou seu espaço e devido ao sucesso do quarto filme, prova que ainda tem poder e mais do que isso, sua incrível trajetória entra para a história do cinema, como uma das mais bem sucedidas franquias de todos os tempos.

por Fernando

Dessa vez, dirigido por Mike Mitchell, Shrek Para Sempre tem clima de despedida, onde tudo gira em torno daquilo que já passou, o roteiro aposta na memória daquele que o assiste, onde as piadas e as personagens nos remetem aos filmes anteriores, e não é uma questão de falta de originalidade, mas sim de tentar nos lembrar o porquê de estarmos ali, mais uma vez, o porquê dessa trajetória ser tão especial para nós.

Aliás, falta de originalidade ainda não faz parte dessa saga, onde desde o princípio optou pela criatividade e ousadia e dessa vez não é diferente. No quanto filme, Shrek se cansa de sua rotina, uma vida tranquila e pacata ao lado de Fiona e seus três filhos, deixou de ser o ogro feroz e que todos temem, virou um pai de família qualquer. Sente falta do tempo em que vivia sózinho, sem responsabilidades, de seu pântano isolado de todos.

Há muito tempo, Rumpelstiltiskin, uma espécie de duende, tenta ganhar a vida a custa da irresponsabilidade dos outros, faz contratos mágicos, onde tudo o que as pessoas sonham se realiza, mas essa escolha sempre tem um preço. Shrek o procura e assina um contrato, onde apenas por um dia voltaria a sua vida de adrenalina e liberdade, entretanto, ele troca tudo isso por um dia de sua vida, um dia qualquer. Esperto, Rumpels escolhe o dia em Shrek não havia nem nascido, pois graçás ao próprio Shrek, anos atrás, o duende havia perdido a chance de ser rei em Tão Tão Distante, agora sem sua existência, toda a história muda e ele consegue realizar seu grande objetivo.

E Shrek vai parar num mundo paralelo, onde nunca existiu, onde todos os seus amigos não o reconhecem, até que descobre que para desfazer o pacto ele teria que dar um beijo na mulher amada e para isso vai ter que reencontrar Fiona, porém, a ogra se tornou líder de uma comunidade de ogros que lutam para fazer uma grande revolução e destruir o reinado de Rumples. Então, Shrek tenta de todas as maneiras reconquistar o coração de sua amada e a confiança de seus fiéis amigos, Burro e Gato de Botas, além, é claro, de aprender o que realmente importa na vida e que um dia de aventura não vale uma vida inteira ao lado das pessoas que ama.


Uma grande idéia para um final, o que aconteceria se Shrek nunca houvesse existido? É interessante como tudo acontece, vemos o caminho que todas as personagens seguiram sem a existência do ogro e como uma única ação muda toda uma história, uma única escolha. Há anos atrás, Shrek só queria seu pântano de volta e por isso salva Fiona e devido a isso, a trajetória dos envolvidos muda completamente.

É nítido que o filme já não tem mais o pique dos filmes anteriores, a trama já não é tão dinâmica, a frequência de boas piadas é longa, até mesmo as música com alto astral sumiram. É definitivamente, o mais fraco de todos, não fecha com chave de ouro, assim como Toy Story. Entretanto, o filme ainda tem seus pontos positivos, o roteiro, principalmente, e as personagens que continuam carismáticas.

Tudo flui como despedida, as cenas, as piadas, até mesmo a canção final, "I'm a Believer". O drama tem bastante presença, assim como o romantismo que é até mais forte que os anteriores. A verdade é que não há como não gostar de Shrek Para Sempre, claro que sou suspeito para dizer isso, logo que sou fã assumido da saga, pois o que houve de melhor em Shrek retorna aqui, e lembramos de tudo, uma simples piada ou imagem surge, rapidamente, mas em nossa mente, volta toda uma história, e isso é fantástico. Shrek perdeu o pique mas não perdeu a magia, o encanto.

NOTA: 8,5

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